Eu sou mesmo teimoso, dei um jeito, mais uma vez, de colocar o Chico Buarque num site especializado em rock.

Mas por incrível que pareça, apesar de sua notória preferência pelo samba, Chico se arriscou em outros ritmos musicais. dentre eles o rock e blues. Tudo bem que é uma parcela mínima de sua vasta e brilhante produção musical, mas o suficiente para estar presente aqui.

De rock mesmo, só consegui garimpar três músicas: Baioque, uma divertida mistura de rock com baião, escrita para o filme “Quando o Carnaval Chegar”, de Cacá Diegues;  Jorge Maravilha, uma das canções que ele escreveu com o pseudônimo de Julinho da Adelaide (para driblar a censura); e Hino de Duran, que faz parte da “Ópera do Malandro”, um rock-reggae no qual ele é acompanhado pelo grupo de rock A Cor do Som.

A música A Voz do Dono e o Dono da Voz, evoca climas jazzísticos e de blues e tangencia o rock.

Outras três músicas são blues até no nome: Bancarrota Blues, Bolero Blues e O Último Blues.

Em duas músicas, a valsa João e Maria (em dueto com Nara Leão) e o chorinho Meu Caro Amigo, o rock é citado nas letras.

O destaque absoluto desta lista é Sobre Todas as Coisas, composta por Chico e Edu Lobo para o espetáculo O Grande Circo Místico. Ao regravar essa música para seu álbum “Paratodos”, Chico imprime uma levada blueseira de arrepiar, isso sem falar na letra que é emocionante.

 

De vez em quando me ponho a pensar: “E se Chico Buarque fosse um músico de rock, com essa sua habilidade sensacional com as palavras, seria ótimo ou a perfeição na terra”.

 

 

 

P.S.: Posso ter esquecido, ou não conhecer, outras músicas que deveriam estar aqui, se alguém souber, manifeste-se por favor.