Os Mutantes em Goiânia

Paulo Fernandes  

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Dois discos brasileiros são fundamentais na minha vida: “Tropicália ou Panis et Circences”, o disco coletivo que revolucionou a música do Brasil em 1968, e “Mutantes”, de 1969. Em ambos os Mutantes, o trio de Arnaldo, Rita e Sérgio, estão presentes.

Hoje reconhecida como uma das bandas mais originais e importantes do mundo, os Mutantes são presença constante na minha vida desde o final da década de 1960, graças a estes dois discos (e aos demais da banda) aí de cima que meu irmão Pedro colocava para eu ouvir.

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Imagem acidentalmente psicodélica de um show psicodélico

Foi com muita expectativa que cheguei ao Bolshoi Pub ontem, 5/7/13, para ver o show deste Mutantes reformulado em 2006. Claro que eu sabia que nem Arnaldo e nem Rita estariam no palco. Acontece que Sérgio, grande guitarrista, conseguiu mexer com minhas memórias, e com as mentes e corpos de boa parte da pequena plateia que estava no pub.

Alternando boas composições novas, com letras em inglês já que a banda está bem focada no mercado americano e “gringo só entende inglês” como disse Sérgio, com ótimas “velharias” dos anos 1960 e 1970, o show foi bem animado e com uma pegada “hardão com solos intermináveis” (classificação do Fábio Lara) em alguns pontos.

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Destaque especial da noite: foi a primeira vez que a minha filha caçula, Gabriela, foi a um show no Bolshoi. Fechando o seleto (e silencioso) grupo, a presença indefectível de Léo Talone.

2 comentários sobre “Os Mutantes em Goiânia

  1. Sérgio dias é um herói da guitarra do mesmo nível dos ingleses contemporâneos a ele .O pessoal não conhece muitas vezes por preconceito com o material nativo nosso , além de ser uma banda brasileira tem uma pegada e um estilo genuíno da parte sul do continente que não tem como nenhum ‘gringo’ replicar .

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