A TIGRESA DE CAETANO
A primeira vez que ouvi falar do musical “Hair” foi na música Tigresa de Caetano Veloso: “…ela me conta que era atriz e trabalhou no “Hair”…”.
Ícone da contracultura dos anos 60 e da filosofia pacifista hippie, “Hair”, a peça teatral, estreou em Nova Iorque em 1967. A segunda metade da década de 60 ficou marcada como um período de contestação dos valores estabelecidos, de revolução da sexualidade, de maturidade do rock e de experiência com drogas “comunitárias” como maconha e LSD.
“Hair” agregou todos esses elementos em forma de um musical, e o melhor: um musical-rock com excelentes e contagiantes números musicais. A obra entrou para a História como uma mensagem pacifista e libertária, algo que identificamos de cara com a fascinante década de 60.
TRIBO DE HIPPIES
O enredo da peça nos conta a história de uma tribo de hippies nova-iorquinos, liderados por Berger, que perambula pelas ruas da cidade experimentando “de tudo”. O contraponto ao desbunde total de Berger é feito por Claude, um rapaz em conflito (pressionado pelos pais) sobre ir ou não lutar no Vietnã. Completa o trio principal a personagem Sheila, uma estudante rica e envolvida no ativismo político.
A peça e as letras das músicas foram escritas pela dupla James Rado e Gerome Ragni, e musicadas por Galt McDermot. Várias músicas tornaram-se sucessos independentemente da peça: caso de Aquarius, Good Morning Starshine e Let The Sunshine In.
Nos anos 60 o cabelo (hair) comprido – tanto para mulheres quanto para homens – era uma forma de contestação aos padrões estabelecidos de “bons-costumes”.
NO BRASIL DO AI-5
Após sua estréia e sucesso em Nova Iorque, “Hair” foi montada em várias outras cidades dos EUA e da Europa. Chegou ao Brasil em 1969, logo após o endurecimento da Ditadura com a edição do AI-5, o que provocou uma longa negociação com a censura oficial até que pudesse entrar em exibição pública.
O FILME DE MILOS FORMAN
Em 1979 estreou o filme “Hair”, baseado na peça, dirigido pelo diretor tcheco Milos Forman com a maravilhosa coreografia de Twyla Tharp. Só então pude conhecer um pouco da mística e da força dessa história. Apesar da mudança de perfil de alguns personagens, principalmente Claude e Sheila, o filme foi um sucesso internacional. Eu devo ter assistido a ele mais de 20 vezes.
ALGUMAS MÚSICAS NO FILME
Aquarius
I Got Life
Good Morning Starshine
Let the Sunshine In
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