Paulo Fernandes
VOZEIRÃO
Foram ingleses brancos, como Eric Clapton, Jeff Beck e Jimmy Page, que me levaram a procurar conhecer as raízes do blues. E na falta de material nacional, as coletâneas e compilações caseiras fizeram o papel dar uma amostra da música dos grandes bluesmen estadunidenses do passado. Num desses discos, chamado o “Melhor do Blues”, um vozeirão espetacular chamou-me a atenção ao entoar “one bourbon, one scotch and one beer”. Era John Lee Hooker.
Ainda hoje, mesmo após sua morte em 2001 (aos 83 anos), John Lee Hooker continua a ser a voz que mais gosto dentre todos os grandes blueseiros dos EUA.
O TRIBUTO DO ROCK
Hooker nasceu em 1917 no berço do blues: o estado do Mississippi, EUA. Sua carreira musical começou para valer em 1948, com o sucesso da música Boogie Chillen. Já então utilizava seu estilo de cantar meio falado que se tornou sua marca registrada.
Fiel ao seu estilo de cantar e tocar guitarra, Hooker foi levando sua carreira com relativo sucesso em seu país até ser “descoberto” pela juventude inglesa no início da década de 1960 e tornar-se conhecido mundialmente.
A influência de Hooker é citada por várias bandas e músicos de rock: Rolling Stones, Eric Clapton, The Animals, Van Morrison, e Canned Heat, entre outros. Com estes e outros fez apresentações conjuntas e gravou álbuns de destaque. É memorável o que gravou junto ao Canned Heat, chamado “Hooker & Heat”.
Incontáveis são os músicos e grupos de rock que regravaram suas músicas, entre eles Animals, Yardbirds, Jimi Hendrix e Led Zeppelin.
O grande vozeirão calou-se em 21 de junho de 2001, porém seu legado para o blues, e também para o desenvolvimento do rock, é eterno.
MÚSICAS
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