Paulo Fernandes
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ROCK PAULEIRA
No início da década de 1970 tínhamos um nome, que eu acho muito bom, para definir o rock pesado: Rock Pauleira. Para mim os representantes máximos dessa “corrente” eram o Led Zeppelin e o Deep Purple. Vocês devem estar se perguntando – E o Black Sabbath? Bem, esta ficava muito atrás das minhas prioridades e – com a enorme variedade e qualidade musical dos 70s – eu escutava muito pouco ou quase nada. Tudo ia muito bem em Pindorama até que começaram a chamar o rock pauleira de heavy metal.
Chegam os anos 1980 e agora Led Zeppelin e Deep Purple não podem mais ser chamados de heavy metal e sim de hard rock, pois toda uma nova geração de bandas pesadas havia surgido na Grã-Bretanha, e essas sim, faziam o verdadeiro heavy metal. Cá entre nós, tanto melhor para as minhas 2 queridas bandas pois os rótulos por vezes se transformam em verdadeiras prisões, que o digam muitos baluartes do heavy metal.
Foi por volta de 1975 que teve início a chamada Nova Onda do Heavy Metal Britânico – NOdHMB ou NWoBHM (até hoje me pergunto: se essa é a nova onda qual era a velha?). E parece que foi depois disso que ressuscitaram o Black Sabbath e passaram a dizer que foi ele que inventou o heavy metal (durma-se com um barulho desses!!). Um dos pioneiros da NOdHMB foi o Judas Priest.
Essa onda custou a chegar ao Brasil e quando chegou aos meus ouvidos, já no início da década de 1980, me achou um pós-adolescente politizado e fã do punk rock esquerdista do Clash e do rock alternativo de bandas intelectualizadas como Talking Heads.
Nessa época eu tinha uns amigos que só escutavam os novos (alguns nem tanto) grupos de heavy metal e eu escutei muita coisa: Iron Maiden, Motörhead, Saxon, Raven, Venom, Quiet Riot, W.A.S.P., Manowar. Eu achava aquela coisa meio ridícula e dentre tantas, 3 me chamaram a atenção: Judas Priest, Twisted Sisters e Scorpions. Talvez pela postura mais safada e até esculachada.
Não posso deixar de dizer que passei a gostar de Black Sabbath via Ozzy Osbourne, que estava num momento muito propício de sua carreira solo.
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ROCK PAULEIRA ALEMÃO
Vou evitar chamar Scorpions de banda de heavy metal. Mas que era, era!
Quando a Nova Onda do Heavy Metal Britânico começou seu ruidoso caminho a banda alemã Scorpions já era veterana. Tudo começou ainda na década de 1960 na cidade de Hanover, na Alemanha Ocidental, em torno dos irmãos Rudolf e Michael Schenker. O excelente vocalista Klaus Meine estava com eles desde o início.
Após o lançamento do primeiro disco, “Lonesome Crow” de 1972, Michael deixa a banda para se juntar ao grupo de heavy/hard pauleira britânico UFO.
Entre 1974 e 1980 o Scorpions gravou 6 álbuns com ótimo rock pesado e capas que causaram bastante controvérsia por sua temática considerada sexista e contrária aos bons costumes (e censuradas nos EUA).
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APAGÃO
O disco que me conquistou e me fez querer escutar todos os seus antecessores foi “Blackout” de 1981.
Um trabalho vigoroso e excitante com rocks explosivos como Blackout, Can’t Leave Without You, Now! e Dynamite que convive em perfeita harmonia com músicas mais lentas, mas nem por isso menos pesadas, como a bela, e maior sucesso do disco, No One Like You, You Give Me All I Need e When The Smoke Is Going Down.
Completam a receita bem equilibrada desse disco de rock pauleira: a alegre Arizona e a bluseira China White. O sexo é tema recorrente em quase todas as letras.
O Scorpions alcançaria sucesso mundial com o seu próximo álbum “Love at First Sting” de 1984, e continuaria a fazer excelentes músicas, mas o equilíbrio de “Blackout” seria gradativamente substituído por uma tendência baladista cada vez mais predominante.
A capa é um auto-retrato do artista plástico austríaco Gottfried Helnwein, que também já trabalhou com o Rammstein.
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FAIXAS
Lado A
1) Blackout (Schenker/Meine/Rarebell/Kittelsen)
2) Can’t Live Without You (Schenker/Meine)
3) No One Like You (Schenker/Meine)
4) You Give Me All I Need (Schenker/Rarebell)
5) Now! (Schenker/Meine/Rarebell)
Lado B
1) Dynamite (Schenker/Meine/Rarebell)
2) Arizona (Schenker/Rarebell)
3) China White (Schenker/Meine)
4) When the Smoke Is Going Down (Schenker/Meine)
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MÚSICAS
Ouça o álbum completo:
Blackout continua na moda no Brasil. Hoje foram parte dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina , Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Goiás e o Distrito Federal que ficaram sem energia!
Haja Pauleira!!!
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Magistral PAULO FERNANDES – Melhoras a cada 15 minutos. Só posso agradecer-lhe devidamente, tornando essa peça o meu E.mail SCP/2015-021.1, do próximo domingo=25/01, que terá outros SCÓRPIONS, como você poderá verificar. ZÉ.MAURÍCIO (nosso GURÚ), esta merda de BANANÃO será um eterno apagão, enquanto a petralhada dominar a mente da ignara/inútil/preguiçosa/oportunista maioria da população permitir, por mais uns 12 anos.
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Blackout é o álbum número 1 dos Scorpions, não aquela porcaria que eles fizeram depois chamada Love at First Sting, de 1984, no qual eles quebraram a cara.
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