Leonard Cohen já era um poeta e escritor de romances consagrado no Canadá, quando por volta dos 32 anos de idade, em 1966, resolveu se tornar compositor e cantor. Sua carreira musical duraria até sua morte em 2016.
Um artista peculiar que ao longo dos anos se afastava e retornava à sua carreira musical, lançava discos e livros e vivia uma eterna busca de iluminação espiritual. Busca que o levou do judaísmo de suas raízes ao budismo, chegando a ser ordenado monge zen em 1996.

O monge Dharma de Jikan ou “O Silencioso”
Assim com Bob Dylan e Chico Buarque, é uma daquelas figuras raras que conseguiu fundir poesia e música de forma magistral. E ainda contava com um belo e grave timbre de voz. Em algumas de suas canções ele mais declama seus versos do que canta. Em seus poemas musicados ele falava principalmente do poder de cura do amor, além do recorrente tema da espiritualidade.
Quando escuto suas músicas é como se uma aura mística se apoderasse da minha mente e me conduzisse a uma reconfortante viagem ao meu próprio interior e, quase sempre, me sinto em paz.
Várias de suas canções se tornaram sucesso e espalharam sua poesia pelo mundo. Uma delas em particular, Hallelujah, é uma das músicas mais regravadas de todos os tempos. Composta em 1984, ela só estourou de verdade depois de ter sido regravada pelo cantor Jeff Buckley. Muitos críticos musicais consideram a versão de Buckley como definitiva, mas eu a prefiro com Cohen.
Cohen lançou 15 álbuns de estúdio, sendo um póstumo. Em 2016, ano de sua morte aos 82 anos de idade, o incansável poeta-cantor ainda lançou seu último álbum em vida, com o sujestivo título de “You Want It Darker”.
MÚSICAS
Bônus: Hallelujah ao vivo – 2009