
A DERROTA DE NAPOLEÃO NA RÚSSIA
Em 1812, o Império Francês, sob o comando de Napoleão Bonaparte, dominava grande parte da Europa. A genialidade militar do líder francês foi inquestionável no período entre 1803 e 1812, no qual ele não perdeu nenhuma das guerras em que a França esteve envolvida, as chamadas “Guerras Napoleônicas”. O Reino Unido, seu mais poderoso inimigo, achava-se isolado sob o Bloqueio Continental decretado por Napoleão.

Com o objetivo de obrigar o Império Russo a manter o Bloqueio Continental e aumentar poderio francês no continente, Napoleão, a frente de um exército de meio milhão de soldados, invadiu a Rússia no verão de 1812. Apesar do sucesso inicial, o exercito napoleônico chegou a ocupar Moscou, a vitória estava incerta, pois o exército russo havia recuado e deixado a cidade arrasada. O imperador russo, Alexandre I, se negou a assinar um acordo de paz e Napoleão resolveu empreender sua retirada de Moscou, antes do rigoroso inverno russo ter início.

O que se seguiu foi uma catástrofe, com os russos fustigando as tropas invasoras famintas e sem suprimentos. A chegada do inverno complicou ainda mais a situação francesa. Apenas cerca de 30 mil soldados do exército de Napoleão conseguiram fugir.
A malfadada campanha da Rússia marcou o fim da hegemonia francesa na Europa. Em 1815, Napoleão foi derrotado em Waterloo e exilado até sua morte, em 1821.
TCHAIKOVSKY E SUA “ABERTURA 1812”
Em 1880, o compositor Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893) recebeu a encomenda de uma peça musical para comemorar a vitória russa sobre as tropas francesas em 1812. Sua estreia se deu no ano de 1882, 70 anos após a derrota de Napoleão na Rússia, durante uma série de comemorações festivas em Moscou.

A primeira vez que eu ouvi a “Abertura Solene para o Ano de 1812”, foi num disco de um amigo do meu irmão, no início da década de 1970. A música “bombástica” causou um grande efeito em mim e me fez adotar Tchaikovsky como um dos meus compositores preferidos.
Tchaikovsky estruturou a sua composição na “batalha” entre o hino da Revolução Francesa, “A Marselhesa” e o hino russo “Deus Salve o Czar”. O tema de “A Marselhesa” a princípio domina a cena, mas vai perdendo terreno para o hino czarista num crescendo vertiginoso da orquestra, que em algumas apresentações tem até tiros de canhão. É de tirar o fôlego!

Curiosidades:
- No álbum “2112” do Rush, na suíte de mesmo nome, sua abertura (Overture) faz referência à “Abertura 1812” a partir dos 4’07” e culmina em uma explosão (ou tiros de canhão?);
- No filme “V de Vingança”, o personagem principal usa a “Abertura 1812” como trilha sonora para suas explosões.
MÚSICAS
Tchaikovsky e Chopin são meus compositores eruditos prediletos. Em 1971 assisti em Brasília ao filme sobre a sua vida, DELÍRIO DE AMOR, no Cine Karim (212 sul). O filme terminou às 2 h da manhã. Quando saímos do cinema, eu e meu saudoso mano DIDO GONZAGA JAIME (amigo do ZÉ MAURÍCIO) estava garoando e as nuvens baixíssimas e, iluminadas pelas luzes da iluminação pública, davam um tom amarelo-alaranjado ao ambiente, em espetáculo belo e assustador. Extasiados pelo filme, como se tivéssemos fumado um baseado, e considerando que não havia naquela hora transporte público, fomos andando no meio do eixão, como dois malucos, por 12 QUADRAS, até à rodoviária, onde pegamos um táxi para a L-2 norte, onde morávamos. Cansados mas felizes e embriados de música!!!!!!!!!!!!
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Assisti este filme, também!!!
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EMBRIAGADOS de música (errei a digitação, acima)
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