ILHAS DA FANTASIA
Eu pegava as capas dos discos do Yes, principalmente a do “Relayer”, e ficava passeando por aqueles caminhos de sonho e imaginando o que encontraria em cada canto escondido daqueles planetas misteriosos (pois aquilo não parecia ser deste mundo).
Roger Dean está para o Yes, assim como Storm Thogerson está para o Pink Floyd. Dean é responsável pela identidade visual do Yes com suas ilustrações que retratam paisagens fantásticas e coloridas.
Nascido na Inglaterra em 1944, Dean começou trabalhando com design e, em suas palavras, invenção. Duas de suas “invenções” ficaram famosas: uma cadeira “Ouriço do Mar”, que se adapta à posição de quem se senta, e a cadeira “Vagem” que aparece no filme “Laranja Mecânica” de Stanley Kubrick.
Mais recentemente ele criou modelos de casas semelhantes às suas construções orgânicas que aparecem em suas ilustrações artísticas.
PAISAGENS DE OUTROS MUNDOS
O primeiro trabalho de Roger Dean para capas de discos é de 1968, para a banda The Gun.
Sua duradoura parceria com o Yes começou em 1971 com “Fragile”, quarto álbum da banda inglesa.
Além das capas, ele é responsável também pelo rechonchudo logotipo do Yes, que apareceu pela primeira vez no álbum “Close to Edge” de 1972.
Além do Yes, Dean fez capas memoráveis para outros artistas, entre outros: Uriah Heep, Osibisa, Asia, Gentle Giant, Anderson Bruford Wakeman Howe, Steve Howe, Greenslade e Rick Wakeman.
“Eu não penso em mim como um artista do fantástico, mas como pintor de paisagens” (Roger Dean).
Quem assistiu ao filme “Avatar”, e entretanto nunca viu uma paisagem de Roger Dean estampada numa capa de disco, terá uma idéia do trabalho do artista, já que as rochas flutuantes, a vegetação exuberante e os coloridos dragões alados que aparecem naquele filme lembram bastante os elementos usados por Roger Dean em seus trabalhos.
Roger Dean conseguiu criar um estilo distinto e inimitável com suas ilustrações, tanto que basta-nos uma simples olhada para dizermos: “esta é uma capa desenhada por Roger Dean”.
ARTE TOTAL II, A VOLTA
Muito se fala nos dias de hoje na volta do vinil, mas como diria o José Maurício “Por que “volta”, se ele nunca foi embora?”. O fato é que o formato está sendo revalorizado e com isso, creio eu, teremos o surgimento de boas novidades no universo fascinante das capas de discos. Confirmando o apelo de Richard Wagner pela obra de arte total (Gesamtkunstwerk).
Ficava fascinado olhando a capa do union,mas a capa que mais me atraiu era a do Classic yes,tem algo nessa capa que eu gosto,acho que é o efeito de iluminação nas ”pilastras”, fiquei um tempo pesquisando na internet sobre essas capas e cai aqui.
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Legal, Marcos!!! A capa do Classic Yes é realmente fascinante!!
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Realmente é uma bela capa e que passa uma sensação de leveza e riqueza, porém a capa que eu mais gosto é do fragile e do ladder
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