Lovin’ Spoonful: Verão em Nova York

Paulo Fernandes . WOODSTOCK NO CINEMA A primeira das inúmeras vezes em que assisti ao filme “Woodstock”, documentário sobre o festival, foi no cinema, por volta de 1977. Em determinado momento do filme aparece um sujeito magro e sorridente, antes que ele começasse a cantar (acompanhado só de seu violão) uma pessoa ao meu lado pronunciou…

Pholhas e o seu “Dead Faces”

Quando o Wander Mass Group abandonou as músicas instrumentais que animavam as festas de colégio, Wanderley e Tinho deixaram o grupo. Paulinho (Paulo Roberto Fernandes, bateria/vocal), Oswaldo (Oswaldo Malagutti Jr, baixo) e Hélio (Helio Santisteban, teclado/violão/vocal) convidaram o beatlemaníaco Wagner Tadeu Benatti (Bitão, guitarra/vocal) para formarem os Pholhas. Com a censura implacável, as gravadoras resolveram…

The Galo Power: A força do Passado no Presente

Paulo Fernandes . ROCK E CERVEJA Conheci o Thomas graças à minha filha Carolina. Em algum sábado de 2012, Carolina chegou aqui em casa com seus amigos: Leandro, Paula, Thomas e Melina. O sol ainda estava alto e ficamos ouvindo alguns discos da minha coleção. Uma coisa chamou-me bastante a atenção, o fato de Thomas gostar de…

Yardbirds: As Várias Formas do Bom Rock

MEA CULPA Talvez um dos grupos mais citados aqui no Rockontro seja os Yardbirds, entretanto não havia nenhum artigo específico sobre esta que é uma das mais importantes bandas do rock de todos os tempos. Passando em revista as gravações dos Yardbirds pude confirmar que injustamente eles não tiveram o reconhecimento merecido pelo talento e…

Os Mutantes em Goiânia

Paulo Fernandes   . Dois discos brasileiros são fundamentais na minha vida: “Tropicália ou Panis et Circences”, o disco coletivo que revolucionou a música do Brasil em 1968, e “Mutantes”, de 1969. Em ambos os Mutantes, o trio de Arnaldo, Rita e Sérgio, estão presentes. Hoje reconhecida como uma das bandas mais originais e importantes do…

As duas vidas do Barão Vermelho

Paulo Fernandes .  OS BARÕES  Primeiro houve um Barão Vermelho, o aviador alemão Manfred von Richtofen, que lutou na Primeira Guerra Mundial, com seu avião triplano Fokker vermelho, e é reconhecido como um dos maiores ases da aviação de todos os tempos. Quanto ao Barão Vermelho brasileiro, poderíamos dizer que na verdade são dois grupos…

Os Malditos e os Mauricinhos

Anna Raíssa   OS MALDITOS E OS MAURICINHOS   Enquanto a cidade estava debaixo de bombas de gás e das patas da cavalaria da PM deBrasília quinta-feira passada (20), fui com alguns amigos ver um show dedicado a SérgioSampaio e Torquato Neto. O show tinha o nome de “Adoráveis Malditos”, com Eduardo Rangel (voz e violão) e Joaquim França (piano)       Ainda na fila pra entrar, vi o banner de divulgação do show: dois caras de terno, um deles com a cara de empáfia que só pianistas & maestros conseguem ter. E a gente pensando:isso não vai prestar…   Símbolos da contracultura e malditos da MPB, Torquato e Sérgio fizeram inúmeras parceriasdurante seu tempo de atividade (Sérgio até fez uma música em homenagem a Torquato,chamada Que Loucura) e são donos de uma originalidade só encontrada também em RaulSeixas, na Tropicália e em outros raros.   Sérgio Sampaio   Os artistas – um pianista e um cantor – todos muito bem arrumados e penteados, nem delonge seriam comparados com os dois gênios homenageados, apesar de o cantor ter aquelejeito antiquado de hippie de classe média, já passado da adolescência.   Torquato Neto   Mas fã é fã e técnica é tudo, e mesmo sem identificação e talento sequer comparáveis, elesmostraram grande conhecimento da obra dos dois, com histórias de composições e panos defundo das músicas, e com interpretações bem feitas das canções, cumprindo o papel dequalquer homenagem: deixar a gente com vontade de escutar mais do homenageado. Háuma semana Torquato e Sérgio com certeza foram os mais ouvidos por, pelo menos, cempessoas.  …

O Universo Híbrido de Fabiano Chagas

Paulo Fernandes O UNIVERSO HÍBRIDO DE FABIANO CHAGAS Conheci o Fabiano em 2004, quando da minha segunda tentativa de aprender a tocar violão e guitarra. Um rapaz simples e extremamente talentoso, que se mostrou um professor dedicado e paciente. Ele sempre me dizia “Qualquer um pode aprender a tocar um instrumento. Não é necessário um…

Yes, We Can

  YES, WE CAN Uma das vantagens de morar no centro da região metropolitana de Anápolis (a grande Anápolis) é ser servido pelas importantes cidades satélites de Goiânia e Brasília. Conta a história que as duas capitais foram deslocadas da Cidade de Goiás (no caso de Goiânia) e da Guanabara (no caso de Brasília) e…

The Stone Roses: De Volta para o Futuro

Paulo Fernandes   A LOUCA MANCHESTER A cidade industrial inglesa de Manchester foi berço de um instigante movimento roqueiro, isto entre o final da década de 1980 e início da de 1990, que ficou conhecido pelo nome de Madchester. O resultado da mistura do rock alternativo (tão em voga na cidade desde o aparecimento de…

Paul McCartney: Noite da Esperança… e Realização

José Maurício MILAGRES ACONTECEM II “Boa noite, goianos”. Assim recebemos as boas vindas de Paul a seu show. Sem dúvida o maior espetáculo disponível hoje no planeta. Pura emoção, coisa que não tem preço. Penso em todos que não foram ou que não compreendem essa emoção. É passar pela vida sem viver.    Tivemos que…

The Doors: Abrindo as Portas da Percepção

Paulo Fernandes CAÊ, MEU REI Meu gosto roqueiro de adolescente foi construído basicamente pela música dos Beatles e dos Rolling Stones e pelo rock inglês do início dos anos 70, com honrosa exceção para o Creedence. Nessa época eu ouvia falar (muito timidamente) de Doors e Velvet Underground (eu achava esse nome muito bacana), mas…

O Rock na música de Chico Buarque

Eu sou mesmo teimoso, dei um jeito, mais uma vez, de colocar o Chico Buarque num site especializado em rock. Mas por incrível que pareça, apesar de sua notória preferência pelo samba, Chico se arriscou em outros ritmos musicais. dentre eles o rock e blues. Tudo bem que é uma parcela mínima de sua vasta…