Paulo Fernandes “RESISTÊNCIA” À INVASÃO
O período de tempo, entre 1964 e 1966, no qual os Beatles e um exército de bandas britânicas mostraram aos estadunidenses, ironicamente, sua própria música (claro que retrabalhada), ficou conhecido na História do Rock como primeira “Invasão Britânica”.
Como toda ação gera uma reação, logo surgiu um grande número de bandas nos Estados Unidos para fazer frente à “invasão” e contra-atacar, é a chamada “Reação Americana”.
Guerra boa essa! Todos os lados, e principalmente o público, foram vencedores. Um dos grupos mais bem armados desse período, e um dos poucos que chegaram perto dos Beatles na parada de sucessos ianque, foi The Byrds.
RECRIANDO DYLAN
As armas que os Byrds tinham: 3 excelentes cantores que rendiam belas harmonizações vocais, um apurado senso melódico e um repertório (principalmente músicas de Bob Dylan) riquíssimo à disposição. No quesito composições próprias os Byrds foram mais contidos e, cá para nós, ninguém supera a dupla Lennon & McCartney.
E foi usando essas armas que os Byrds emplacaram seu primeiro sucesso: uma recriação magnífica de Mr. Tambourine Man de Bob Dylan.
A formação original era:
Roger (Jim) McGuinn – Guitarra, vocais
Gene Clark – Vocais
David Crosby – Guitarra, vocais
Chris Hillman – Baixo
Michael Clarke – Bateria, harmônica
EXPERIMENTAÇÕES MUSICAIS
Uma das principais virtudes dos Byrds é que eles estavam sempre buscando ideias novas para agregar ao seu som.
No início foi cruzamento entre o folk de Dylan e o pop elétrico dos Beatles (que ajudou a cunhar o termo folk rock) nos álbuns “Mr. Tambourine Man” e “Turn! Turn! Turn!”, ambos de 1965.
Depois vieram as experimentações com a psicodelia, nos álbuns “Fifth Dimension” (1966) e “Younger than Yesterday” (1967).
O álbum “The Notorious Byrd Brothers”, de 1968, é ainda mais eclético ao misturar o folk rock e o rock psicodélico a elementos de jazz e country.
Após as saídas seguidas de Gene Clark, Michael Clarke e David Crosby, a banda, então reduzida a McGuinn e Hillman, deu uma guinada radical em direção ao country. O resultado dessa nova direção pode ser conferido no álbum “Sweetheart of the Rodeo” de 1968. Apesar das críticas favoráveis este álbum não atingiu o sucesso esperado.
REUNIÃO E FIM
McGuinn conseguiu levar a banda, incluindo a gravação de mais alguns álbuns, até 1972. Nesse ano os cinco membros originais se reuniram e gravaram um álbum chamado “Byrds” que foi lançado em 1973. Logo após o lançamento, um último show e o fim da banda.
Eu confesso que até bem pouco tempo eu só conhecia duas músicas dos Byrds: Mr. Tambourine Man e Turn! Turn! Turn! e não tinha consciência da importância e da qualidade musical dessa banda, mas nunca é tarde para resgatar essas preciosidades de um período tão rico que é a década de 1960.
MÚSICAS 01) Mr. Tambourine Man 02) I’ll Feel a Whole Lot Better 03) All I Really Want to Do 04) Turn! Turn! Turn! 05) It Won’t Be Wrong 06) Lay Down Your Weary Tune 07) Fifth Dimension 08) Mr. Spaceman 09) Eight Miles High 10) So You Wanna Be a Rock and Roll Star 11) My Back Pages 12) Have You Seen Her Face 13) Everybody’s Been Burned 14) Artificial Energy 15) Tribal Gathering 16) Old John Robertson 17) Wasn’t Born to Follow 18) I Wanna Grow Up to Be a Politician 19) Tiffany Queen
Obrigado por tantos belíssimos presentes neste 2013 que está acabando. Espero vocês, com
o mesmo carinho, em 2014. SAÚDE, muito som alto na caixa e nós no microfone cantando.
Grande abraço do Velho Comendador Pastinha (vulgo Mauro G. Jaime, o pai do BETINHO)
CurtirCurtir