Estava à toa na vida o meu amor me chamou para ver o Chico Buarque tocar cantando coisas de amor. E esta festa imodesta aconteceu no dia 31 de agosto de 2018 em Brasília, aquela cidade que é palco de tenebrosas transações enquanto dorme a nossa pátria mãe tão distraída.
Era tal a minha ansiedade, que eu e Marcia chegamos com duas horas de antecedência ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O show estava marcado para às 21h30. Fomos os primeiros a ocupar os assentos da plateia superior do belo Auditório Master.
Foram quase duas horas de show onde Chico apresentou várias músicas do passado e as novas do seu último álbum “Caravanas”, estas muito boas e que me encheram de esperança. Se a voz não tem a mesma força de outrora – algumas composições mais rápidas foram tocadas num andamento mais lento – a emoção e empatia continuam em alta rotação.
Chico ao final atendeu a dois pedidos consecutivos de bis, que foram solicitados pelo público de uma maneira bem original, aqui não direi como para não ferir suscetibilidades. Na hora do primeiro bis, grande parte da plateia inferior se levantou e se aglomerou à frente do palco, o que contribui para que uma positiva energia fosse jogada no palco e o compositor retribuiu de maneira emocionante.
Cheguei ao final em estado de êxtase e uma sensação de felicidade invadiu meu corpo e minha mente com a força de uma enchente amazônica e de uma explosão atlântica. A Marcia também gostou! Foi bacana ver a multidão presente saindo com nítidas expressões de jubilo e tentando cantar em coro: “Apesar de você amanhã há de ser outro dia…”, recado a muitos malandros estaduais e federais que continuam a escrever páginas infelizes da nossa história.
Excelente! Não calarão vozes conscientes! Não ficamos sabendo do show… É claro, a pouca divulgação deve ser proposital. Mas a porcariada do sertanojo universiotário está enchendo suas contas nas redes sociais ininterruptamente. Então, se eu e Nadya tivéssemos sabido disso, teríamos ido. Amanhã será outro dia! E melhor! Abração!
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