Paulo Fernandes
“E eu digo sim
E eu digo não ao não
E eu digo:
É! — proibido proibir”
Propus-me neste texto a começar uma pretensiosa discussão: Será que a música, ou alguns músicos, ou um estilo musical, teria força suficiente para modificar a estrutura social ou política de um país, uma região, uma cidade?
Parece que nos anos 1960 a própria ditadura militar brasileira acreditava nisso. Ou não? As várias perseguições a figuras importantes de nosso cancioneiro popular parecem corroborar isso. Mas isso não é prática comum dos regimes de exceção? Será que sem a censura, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque ou Geraldo Vandré conseguiriam derrubar a ditadura?
Vocês já perceberam que eu fico só lançando questões, tentando provocar discussões, por vezes sem eco, mas sempre a cutucar.
Para começar (será terei fôlego para continuar? seria bom vocês me ajudarem) aproveito a dica do José Mauricio, em seu artigo “Ao Chegar do Interior” com aquela coisa toda da parceria entre Odair José e Caetano Veloso, resolvi postar aqui a música É Proibido Proibir.
Essa música foi inspirada pelos movimentos estudantis de Maio de 1968 na França, uma democracia, que tiveram seu paralelo nos movimentos pela democracia no Brasil, uma ditadura.
“É Proibido Proibir” era um dos lemas do Maio 68 pichados nos muros parisienses. No Brasil era “Abaixo a Ditadura”.
Vejam abaixo um vídeo montagem, com imagens da época, da música de Caetano. Em seguida outro vídeo com a gravação no festival de 1968, em que Caetano, sob vaias, dá um tremendo sabão na plateia:
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Vocês agora foram fundo. Mesmo sem o “cigarrinho” do Fidel, viajei no maior barato, pois passei por todos os caminhos do vídeo, que nos traz a maravilhosa LEILA DINIZ, GLAUBER, GIL, MUTANTES, VANDRÉ, etc. UMA ÉPOCA. UMA BELA GERAÇÃO. — Lógico que será o meu email deste próximo domingo. Direto do KAVERN CLUB PASTINHA’S.
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Pois é,os generais achavam que uma simples música tinha o poder e a força de provocar uma revolução,e na época talvez tivesse mesmo.
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