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UM VIOLINISTA DIVIDIDO ENTRE O CLÁSSICO E O JAZZ
Miles Davis e John Coltrane, sempre eles, influenciaram vários jovens músicos ao longo das décadas de 50 e 60. Não só estadunidenses – como é o caso do guitarrista inglês John McLaughlin – e nem só músicos oriundos do jazz – como é caso do violinista francês, de formação clássica, Jean-Luc Ponty.

Jean-Luc Ponty (dir.) também tocava saxofone no seu tempo de clubes de jazz em Paris
Graduado com honras pelo Conservatório de Paris, Ponty logo começou sua carreira de músico profissional como membro da prestigiosa Orquestra Lamoureux da capital francesa. Foi nessa época que passou a se interessar cada vez mais pelo jazz de Miles e Coltrane. Tão grande foi seu interesse que passou a ter uma vida “dupla”: ensaios e apresentações com a orquestra durante o dia e a noite, e nas madrugadas tocava jazz em clubes noturnos de Paris.
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UM VIOLINISTA NO JAZZ FUSION
Sua reverência pelos dois mestres, Miles e Coltrane, fez com que ele inaugurasse um novo estilo para o violino no jazz, que deve mais ao trompete e ao saxofone do que ao que era usual até então para a sonoridade do violino jazzístico. Essa nova abordagem na forma de tocar, aliada ao seu virtuosismo fez com que o sucesso chegasse cedo, e aos 22 anos ele gravou seu primeiro álbum solo: “Jazz Long Playing” (1964), que trazia basicamente composições de grandes mestres do jazz. Ao mesmo tempo oportunidades foram surgindo em forma de parcerias com músicos já consagrados, como o também violinista francês Stéphane Grappelli. Sua participação no Festival de Jazz de Monterey em 1967, lhe abriu as portas ao mercado dos Estados Unidos.

Ponty e Zappa
Foi então que a fusão de jazz e rock – que havia sido colocada em evidência por Miles Davis – entrou na vida de Ponty e o violino elétrico passou a ter primazia em sua música. Nos Estados Unidos, onde passou a morar em 1972, Ponty participou de diversos projetos, dos quais se destacam sua parceria com Frank Zappa e como membro da banda de jazz rock Mahavishnu Orchestra, liderada por John McLaughlin. A partir de 1975 concentrou seus esforços na carreira solo, com uma produção de mais de duas dezenas de álbuns de estúdio.
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MENSAGEIRO CÓSMICO
São vários os álbuns antológicos de Jean-Luc Ponty, mas o escolhido para figurar aqui é “Cosmic Messenger”, de 1978. Foi o primeiro álbum do violinista que eu escutei e me apaixonei pelos sons ‘espaciais’ que muito me lembraram o rock progressivo, um dos meus gêneros preferidos.

Ponty e McLaughlin na Mahavishnu Orchestra
São oito faixas instrumentais, cujos destaques são a primeira, Cosmic Messenger, e a última, Egocentric Molecules. Dois épicos progressivos que nos fazem viajar sem sair do lugar. No recheio, aparecem diversos sabores do fusion: a animada The Art of Happiness, que já foi tema de programa esportivo na TV; a balada cósmica I Only Feel Good With You; a percussiva e lenta Ethereal Mood; e na linha progressiva temos também Don’t Let the World Pass By You; . As duas faixas restantes, Puppet’s Dance e Fake Paradise, são peças de menor estatura musical, mas ainda assim muito interessantes.
Quando ouvimos pela primeira vez, o som do violino elétrico de cinco cordas de Ponty nos causa um estranhamento deslumbrado. Porém se nos deixarmos levar nessa experiência musical sem paralelos a satisfação nos será plena e garantida.
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FAIXAS
Todas as músicas compostas por Jean-Luc Ponty.
Lado A
1) Cosmic Messenger
2) The Art of Happiness
3) Don’t Let the World Pass By You
4) I Only Feel Good With You
Lado B
1) Puppet’s Dance
2) Fake Paradise
3) Ethereal Mood
4) Egocentric Molecules
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MÚSICAS
Ouça o álbum completo:
Discos excelentes, sempre fui fã de Ponty. Ouvi numa radio uma musica dele, pois logo haveria uma apresentação do extinto estadio olímpico. Tive a oportunidade de velo ao vivo e bem de perto. Diria que a lotação podeira chegar a um pouco mais da metade da lotação, o que para mim foi uma surpresa pois não sabia que tanta gente costava daquele tipo de musica. Lembro que ainda estava na escola técnica. Inesquecivel.
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Eu também fui a este show. Foi no Ginásio Rio Vermelho. Final da década de 80.
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Tem razão, o estado olímpico era ao lado. fiquei na arquibancada do lado da independencia.
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mauro.pastinha@hotmail.co
E.MAILS=2017-078 – – – 19/Domingo = 03:20
DISCO NOTA 11 = COSMIC MESSENGER = JEAN LUC PONTY
Via: PESSOAL DO ROCKONTRO (PAULO)
Cada semana o negócio ta ficando melhor. As mensagens dominicais são sempre de alto nível e interesse. Acho que
vou abrir uma filial do KAVERN CLUB PASTINHA’S na séde do ROCKONTRO, para, assim, ficar mais por dentro.
PAZ & BEM, E ATÉ AMANHÃ, SE DEUS NOS PERMITIR
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Pastinha já é membro honorário e vitalício do Rockontro!!!!
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gostei!
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