OS VÁRIOS SABORES DO TANGERINE DREAM
O tecladista alemão Edgar Froese – falecido em 2015 – montou o Tangerine Dream em 1967. Em seus primórdios a banda seguia uma linha musical inspirada pelo Pink Floyd de Syd Barrett. A partir de 1973, Froese e cia. se alinharam ao movimento musical alemão Krautrock. A base dessa corrente musical era o afastamento do modelo de rock anglo-americano em favor de um caminho próprio, mais radical e experimental como parte de uma nova cultura germânica. Essa proposta incluiu um uso ainda mais intensivo de sintetizadores e sequenciadores.
É justamente esta segunda fase do Tangerine Dream – de 1974 a 1982 – que rendeu seus melhores e mais saborosos frutos: os álbuns “Phaedra” de 1974, “Rubycon” e “Ricochet” de 1975, “Stratosfer” de 1976 e “Cyclone” de 1978.
A partir de 1983, a banda adotou uma linha musical com apelo mais comercial. Os anos 80 marcaram também – algo que já havia começado antes – a intensificação da produção de competentes trilhas sonoras para filmes, entre eles “Comboio do Medo” de William Friedkin; “Negócio Arriscado” de Paul Brickman; “Chamas da Vingança” de Mark L. Lester; “Quando Chega a Escuridão” de Kathryn Bigelow; “Gente Diferente” de Andrei Konchatovsky e “A Lenda” de Ridley Scott.
ATRAVESSANDO O RUBICÃO
“Phaedra” é considerado como a obra-prima do grupo com suas longas suítes climáticas e cheias de experimentalismos, mas o meu preferido é “Rubycon”. Com apenas duas faixas instrumentais – uma de cada lado do vinil – o álbum segue a trilha de seu antecessor, porém penso que as soluções musicais são mais “redondinhas” em “Rubycon” e seu apelo melódico me agrada mais aos ouvidos.
O Tangerine Dream era um trio à época de gravação de “Rubycon”, estes são os equipamentos usados por cada um dos membros no álbum:
- Edgar Froese: mellotron, guitarra, sintetizador VCS3, orgão e gongo;
- Christopher Franke: orgão, sintetizador Moog, sintetizador Synthi A, piano “preparado” e gongo;
- Peter Baumann: orgão, sintetizador Synthi A, sintetizador ARP 2600, piano elétrico, piano “preparado”

César atravessa o Rubicão com suas legiões e desafia as ordens de Roma com sua famosa frase “Alea jacta est” (a sorte está lançada).
“Rubycon” é uma viagem musical sedutora e, por vezes desconcertante. Assim como Júlio César atravessou o rio Rubicão para assumir o poder total em Roma, o Tangerine Dream atravessou as fronteiras da música eletrônica e fez um álbum encantador. Além disso, sua a capa é uma maravilha de arte minimalista!
FAIXAS
Todas as músicas compostas por Froese, Franke e Baumann.
Lado 1
1) Rubycon, Part One
Lado 2
1) Rubycon, Part Two
MÚSICAS
Ouça o álbum completo:
Aí sim, hein?
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mauro.pastinha@hotmail.com
E.MAILS=2016-062.1 — 06/domingo = 03:46
DISCO NOTA 11 = “R U B Y C O N”
– Tangerine Dream – Via ROCKONTRO
Obrigado, queridos companheiros. Ganhei mais um belo presente pois
não conhecia com mais detalhes o trabalho dos TANGERINE DREAM.
Para vocês, um grande abraço deste Velho/74 Roqueiro – NAMASTÊ!
PAZ & BEM, E ATÉ AMANHÃ, SE DEUS NOS PERMITIR
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Pingback: Disco Nota 11: “Rubycon” – Tangerine Dream – Patricia Finotti
Esse disco é um absurdo ! Porém, meu preferido é o disco seguinte: RICOCHET. Na minha opinião, o melhor disco de música eltrônica do sistema solar.
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Também gosto muito do Ricochet.
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Concordo plenamente. Rubycon é o album com as melhores texturas de teclados que o Tangerine Dream já compôs. E Também com a sua melhor formação. Quem não conhecer, vale a pena conferir os discos alo vivo: Ricochet e Encore; Duas obras primas.
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Ricochet é sensacional!!!
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NAO CONSIGO PARAR DE OUVIR QUANTUM GATE,E VICIANTE AS MUSICAS.
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