Paulo Fernandes
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SULTANS OF SWING NO RÁDIO
O rock do final da década de 70 estava em ebulição. O punk rock e seus derivados davam as cartas e questionavam tudo que foi produzido antes de 1976. Agora qualquer moleque poderia ter sua banda e nem precisa saber tocar para estar em uma. Muitas surgiram com a proposta de simplificar o rock e negar o passado.
No meio desse turbilhão, o guitarrista britânico Mark Knopfler decidiu trilhar um caminho totalmente diverso e investiu num rock mais leve, com melodias trabalhadas e no qual sua guitarra reinava soberana com seu estilo único de tocar. Em 1977 nasceu o Dire Straits. O nome é uma expressão que significa “estar em sérias dificuldades” ou “estar em maus lençois”.
A primeira vez que ouvi uma música do Dire Straits foi em 1979, numa rádio FM. A música era Sultans of Swing – do primeiro álbum homônimo lançado naquele mesmo ano – e ela me conquistou imediatamente com seu fantástico solo de guitarra. Eu pensei que se tratava de um grupo dos EUA pela sua sonoridade. Algum tempo depois eu ganhei este primeiro LP – que tenho até hoje – do meu primo Eurico.
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MONEY FOR NOTHING NA TV
Sete anos se passaram e mais três álbuns – que não botei muito reparo – do Dire Straits foram lançados. O rock estava de saída das FMs e invadia os canais de TV, era a febre dos videoclipes capitaneada pela emissora MTV. No Brasil havia vários programas de TV que exibiam clipes, da MTV estadunidense ou nacionais do RockBR. E foi em desses programas que eu vi e ouvi a música Money for Nothing. Oba! O punk havia gerado a new wave e outros estilos, mas o Dire Straits continuava seguindo sua proposta de rock sofisticado e baseado na guitarra.

Os dois operários comentam sobre os artistas que aparecem na MTV e ganham “dinheiro fácil” no clipe de Money for Nothing.
Vários outros clipes das músicas do álbum “Brothers in Arms” – lançado em 1985 – se seguiram. E o álbum se tornou um sucesso em todo o mundo. Sucesso merecido pois contém música de altíssima qualidade. O som criado por Knopfler – que usa blues, country rock, rockabilly, jazz e outros temperos básicos do rock – está aqui em seu melhor e insuperável momento.
Money for Nothing – coautoria de Knopler e Sting, que também canta na música – um rock vigoroso que mostra o mundo do rock – com citações à MTV – na visão de dois operários da classe trabalhadora. O álbum conta ainda com várias outras músicas que se tornaram clássicas: So Far Away, Walk of Life, Your Latest Trick – com sua introdução de saxofone – Ride Across the River e Brothers in Arms, estas duas últimas falam da guerra e seus efeitos.
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FAIXAS
Todas as músicas compostas por Mark Knopfler, exceto a indicada.
Lado 1
1) So Far Away
2) Money for Nothing (Knopfler, Sting)
3) Walk of Life
4) Your Latest Trick
5) Why Worry
Lado 2
1) Ride Across the River
2) The Man’s too Strong
3) One World
4) Brothers in Arms
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MÚSICAS
Ouça o álbum completo:
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Clipes:
mauro.pastinha@hotmail.com
E.MAILS=2016-076 — 20/domingo = 04:12
DISCO NOTA 11 = “BROTHERS IN ARMS”
– Dire Straits – Via ROCKONTRO
Dos meus restantes (quase 1.000) LPs que sobreviveram aos ladrões
este é, para mim, u m dos 1 0 melhores que adquiri em minha vida.
Cada faixa merece um tratado filosófico. Limito-me a dizer que se em
“WHY WORRY”(Porque se Preocupar?) te convidam a ficar frio, já no
HINO “BROTHERS IN ARMS” não tem como o coração não se dilacerar.
Para vocês, um grande abraço deste Velho/74 Roqueiro — NAMASTÊ!
PAZ & BEM, E ATÉ AMANHÃ, SE DEUS NOS PERMITIR
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Dário o estreito, acredito que ainda tenha um disco deste, ganhei de presente, não gostei muito na epoca mas aos poucos gostei de algumas.
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Pingback: SULTANS OF SWING NO RÁDIO – Patricia Finotti
Mark Knofler é um cara que toca tão bem, e usando uma técnica que é quase flamenco, só polegar, indicador e anelar, que Clapton fala que o mestre é ele, já Knofler fala que o mestre é Clapton. Curioso é que ele era jornalista, se me lembro do que li , quando começou a banda , e já tinha uns trinta. Era bem raro das pessoas migrarem pra música e despontarem depois dos trinta naquela época. Vai que no meio daqueles moleques espinhentos de sucesso efêmero na maioria (salvos os Ramones e o The Clash, juntava três bandas e somaria nas três dez anos de carreira) ,o rock que estava ficando pesado na Inglaterra, e repleto de garotos como os punks só que mais talentosos e cabeludos, os já veteranos Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple e Queen, que estourava e já tinha o peso nas melodias definido (os dois primeiros álbuns são os mais pesados da obra toda, não aumentaram o amplificador mais que aquilo ) entre outras bandas , tinha gente cansada dos tímpanos estourando, costelas e narizes quebrados em rodas punk talvez não experimentados e alguns já com família , uma vida mais soft, e ávidos estavam com um som que os definisse e eis que surge Mark Knofler já ficando calvo e solando ágil numa melodia calma , sem muita faísca e pirotecnia, só uma música ótima pra se ouvir na direção ou até em casa, sem nenhum vizinho te enchendo pra baixar o volume , até curtindo junto. Tenho esse disco e é uma obra de arte.
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Grande clássico dos anos 80 e uma obra-prima de Mark Knopfler em seu auge com o Dire Straits.
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