WATERLOO SUNSET – THE KINKS
Não sei quando escutei Waterloo Sunset dos Kinks pela primeira vez e nem quando comecei a gostar muito dela, como agora. Só sei que a acho maravilhosamente perfeita e linda.

Kinks em 1967
Composta por Ray Davies, gravada e lançada em 1967, a canção teve uma produção sofisticada a cargo do próprio Ray. Sua atmosfera, ao mesmo tempo divertida e nostálgica, parece nos fazer flutuar no ar ou navegar pelo “velho rio sujo” da letra ao se referir ao Rio Tâmisa de Londres.
O narrador da canção nos conta que, por ser preguiçoso e não querer caminhar, “todo dia eu observo o mundo pela minha janela”: o metrô, os carros, as pessoas sempre tão ocupadas e um casal, Terry e Julie, que se encontra na Estação de Waterloo toda sexta-feira à noite. O pôr-do-sol em Waterloo faz bem ao nosso amigo narrador.

Pôr-do-sol em Waterloo
Waterloo é uma região no centro de Londres da qual Ray Davies guarda boas lembranças desde de sua infância. O interessante é que a música quase se chamou Liverpool Sunset e seria uma ode à cidade que Davies chama de sua preferida.
Especulou-se na época que Terry e Julie, o casal da canção, seriam os atores britânicos Terence Stamp e Julie Christie. Tal versão foi negada por Ray Davies, que afirmou ser referência à sua irmã e ao namorado dela.

Terence Stamp e Julie Christie no filme “Longe deste Insensato Mundo” (Far from the Maddind Crowd) de 1967
Bem, no final das contas Waterloo Sunset é uma música sobre memórias e momentos do seu autor.
VÍDEOS
The Kinks (gravação original, 1967)
com David Bowie (2003)
com Cathy Dennis (1997) – o motorista do táxi é o Ray Davies!!!
Essa música percorreu minha infância e sumiu. Com poucas memórias de suas frases musicais e à sua procura, cheguei a pensar que Winchester Cathedral fosse outra versão de Waterloo Sunset. Só com o advento do famigerado CD que a encontrei em uma coletânea vendida junto com uma revista importada.
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