
Tela de Grace Slick
.
NA TOCA DO COELHO BRANCO
Na verdade eu nunca li o livro “Alice no País das Maravilhas” de Lewis Carroll, mas assisti ao filme da Disney (de 1951) e antes disso, eu devorei a versão do filme em quadrinhos. Eu devia ter uns 7 anos quando li esta versão, achei muito louca a história e fiquei morrendo de medo da Rainha de Copas e sua mania de querer cortar a cabeça de qualquer um que lhe desagradasse.

Alice e a rainha de Copas no filme da Disney
É notável a influência dos personagens e da história do livro – e também de sua continuação “Alice Através do Espelho” – na cultura popular, desde que foi lançado em 1865 na Inglaterra. Só para citar alguns poucos exemplos: a espinha dorsal do filme das irmãs Wachowski, “Matrix” (de 1999) deve muito ao livro em referências como seguir o coelho branco, tomar pílulas que nos transportam a outras realidades e descer a toca do coelho. No rock, o Nazareth tem um álbum chamado “Malice in Wonderland” (de 1980), que também é o nome de pelo menos 3 filmes. Na capa do álbum “Nursery Cryme” (de 1971), do Genesis, há uma garota jogando croque com cabeças cortadas, além de referências à Lewis Carroll na letra da canção The Musical Box, do mesmo álbum.

Alice e o Coelho Branco em ilustração original do livro feitas por John Tenniel
E o que dizer da música White Rabbit do Jefferson Airplane? A história de Alice é recontada na voz de Grace Slick de uma maneira ainda mais louca e lisérgica. Aliás o livro já era psicodélico 100 anos antes dos voos psicodélicos do Jefferson Airplane. Slick disse certa vez que a música é sobre seguir sua curiosidade, representada pelo Coelho Branco. Esta curiosidade inclui o uso de substâncias alucinógenas para a “expansão da consciência”, tão em voga na década de 60.

Jefferson Airplane em 1967
A canção, contida no álbum “Surrealist Pilow” (de 1967), conta com uma linha de baixo alucinante e segue num crescendo inspirado pela famosa peça musical de Maurice Ravel: “Boléro” e reminiscências espanholas tiradas do álbum “Sketches of Spain” de Miles Davis. A interpretação de Grace Slick é tão hipnótica e envolvente, que eu fico sempre com um gosto de quero mais quando a música acaba de tocar. É daquelas canções que “não deviam ter fim”, mas ela só dura intensos 2 minutos e meio.

Grace Slick em 1967
Ao final fica o conselho do personagem Arganaz (Dormouse no original): “Alimente sua cabeça! Alimente sua cabeça!”

O Arganaz (rato selvagem) do filme da Disney
.
MÚSICAS
Ao vivo em Woodstock (com letras):
Tem ainda o coelho imprudente (reckless rabbit) do Screaming Tea Party ‘s que começa dizendo “meu nome é Alice e estou seguindo o white rabbit”
CurtirCurtido por 1 pessoa
Só aprendendo. O discípulo superou o mestre.
CurtirCurtir
mauro.pastinha@hotmail.com
E.MAILS=2017-322 – 18/Sábado = 03:40-hbv
DISCO NOTA 11 – MEMÓRIAS, MOMENTOS E MÚSICAS
JEFFERSON AIRPLANE – “W H I T E R A B B I T”
– Via ROCKONTRO – Paulo Fernandes
0BRIGADO -PESSOAL DO ROCK. BELEZA PURA. – RESUMINDO NOSSA ÓPERA:
A Cantora GRACE SLICK era uma tesão U N I S E X . As mulheres queriam
ser iguais a ela. Os homens a queriam levar para a cama (ou qualquer outro lugar).
Uma genuína musa dos banheiros solitários, décadas de 60/70 e seguintes.
PAZ & BEM, E ATÉ AMANHÃ, SE DEUS NOS PERMITIR.
CurtirCurtido por 1 pessoa