Paulo Fernandes
BUSCA INÚTIL
Tentei, em vão, achar meu manuscrito sobre “Zabriskie Point”. Eu escrevi logo depois de assistir ao filme do mestre Michelangelo Antonioni em 198…, guiado pelo enorme impacto que ele me causou.
NOS DIAS DE HOJE
Outro dia a Carolina postou a espetacular sequência final do filme no FB, isso me fez lembrar o quanto eu gosto desse filme a ponto, caso quase único na minha vida, dedicar-lhe um texto (não que isso seja grande coisa!). Pensei também como sua crítica aos valores distorcidos da sociedade continua cada vez mais atual nesses tempos de “ditadura do capital”.
FUGA FLOYDIANA
Quantas vezes eu quis refugiar-me, como os personagens Daria e Mark, no Zabriskie Point. Utopia? Que seja! Mas continuemos a sonhar.
Peraí! Onde está o Pink Floyd nessa história? Ora bolas, na trilha sonora. O Pink Floyd contribuiu com várias músicas para o filme, mas poderíamos esquecer todas elas e nos concentrar na música que embala a sequência final:
Come in Number 51, Your Time Is Up (uma adaptação de Careful with that Axe, Eugene) a embalar a explosão, da sociedade de consumo e seus “imprescindíveis” valores materiais, imaginada (mas pode ser real!) por Daria. Aí o filme, que até esse momento era cor de deserto, se torna multicolorido em tons berrantes.
NAS ENTRANHAS DO MONSTRO
Além do Pink Floyd, aparecem também músicas do Grateful Dead, do Jerry Garcia sozinho, dos Rolling Stones e outros menos famosos.
Querem mais detalhes sobre o filme que o diretor italiano fez diretamente da barriga do monstro? Convido-os a assisti-lo ou esperem até que (sabe-se lá quando) eu ache meu precioso manuscrito.
MÚSICAS NO FILME
Clique na imagem para assistir aos vídeos: