Alanzera
A primeira vez que ouvi falar os nomes de Sam Dunn e Scot McFadyen foi há cerca de cinco anos, quando encontrei na “locadora” BitTorrent o documentário “Metal: A Headbanger’s Journey”. O filme mostra como surgiu o heavy metal, a gigantesca lista de ramificações do gênero e as polêmicas que o envolvem, aí incluídas a religião, o satanismo e a censura por parte das gravadoras.
Lançado em 2006, “Metal…” teve uma receptividade muito boa entre os metaleiros, fazendo com que os diretores realizassem um segundo filme em 2008, chamado “Global Metal”. A proposta desse trabalho era procurar explicar como o Metal ganhou o mundo, ou seja, como o estilo se globalizou, chegando até países como Israel, Japão, Índia e Brasil. Sam Dunn é antropólogo e desde sua adolescência curte som pesado.
Após esses dois documentários, a dupla então começou a produzir um filme sobre o power trio canadense Rush. Porém eles tiveram que suspender as filmagens para atender a um convite da maior banda de heavy metal da atualidade, Iron Maiden.
Lançado em 2009, “Flight 666” mostra o dia-a-dia da banda britânica durante a turnê mundial Somewhere Back In Time, que reuniu grandes sucessos da donzela de ferro entre 1980 e 1992. Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden, foi o piloto do Boeing 757 (batizado de Ed Force One) durante toda a turnê, que passou por mais de 30 países em 5 continentes.
Concluído o filme sobre o Maiden, Sam Dunn e Scot McFadyen então retomaram o documentário sobre o Rush, chamado “Beyond the Lighted Stage”.
Os 30 anos de história do Rush são contados pelos próprios membros (Geddy Lee, Alex Lifeson e Neil Peart), por pessoas ligadas diretamente à banda (familiares, empresários, produtores, etc.) e por artistas diversos, entre eles Kirk Hammett (guitarrista do Metallica), Mike Portnoy (ex-baterista do Dream Theater, atualmente no Transatlantic) e o ator Jack Black.
Lançado em 2010, com première em Nova Iorque durante o Tribeca Film Festival, o filme foi indicado ao Grammy na categoria Best Long Form Music Video.
Atualmente a dupla de diretores está finalizando “Satan”, um olhar sobre as origens históricas de Satanás, como ele se tornou um símbolo do mal e sua influência na arte e na música.