Disco Nota 11: “Stop Making Sense” – Talking Heads

Após o lançamento do álbum “Remain in Light” em 1980, os Talking Heads deram uma pausa nas atividades do grupo por cerca de dois anos. Na verdade o casal Tina Weymouth e Chris Frantz não estava muito satisfeito com a centralização exagerada do produtor Brian Eno e queria mudar de ares e descansar.

Só Byrne no palco.

Após esse período de recesso, no qual o futuro da banda era incerto, Tina e Chris procuraram David Byrne com intuito de retomar as atividades. Pediram, e Byrne concordou, mais participação no processo criativo e a saída de Brian Eno.

Com as energias renovadas, o álbum “Speaking in Tongues” foi lançado em 1983 e contava, além dos quatro Heads, com vários músicos convidados.

Os quatro Heads no palco.

Para turnê de divulgação do álbum, o inquieto Byrne queria algo diferente: que juntasse o som renovado da banda com um forte apelo visual no palco. Para tal finalidade, convidou o diretor Jonathan Demme (“O Silêncio dos Inocentes”) para filmar as quatro últimas apresentações da banda na turnê.

O palco cheio.

O resultado dessa colaboração resultou no excelente filme “Stop Making Sense”, que vejo como uma criativa obra de arte de sons e imagens e não um mero registro de um show. O álbum de mesmo nome, lançado em 1984, conta com nove músicas pescadas das gravações dos shows.

Os Talking Heads não se limitaram a repetir as músicas dos álbuns ao vivo,  elas foram recriadas nos palcos e ganharam nova vida. O exemplo mais emblemático é Psycho Killer, executada somente por Byrne, com percussão gravada, que ganhou um andamento mais lento e soturno.

Byrne dentro do “ternão”.

A sacada de Demme foi genial: os músicos vão entrando um a um, enquanto o palco vai sendo montado, até contar com cerca de 10 músicos em cena. Uma parte memorável, e que se tornou símbolo do filme e do álbum, é quando Byrne entra em cena com um terno duas vezes maior do que o seu número e faz uns movimentos estranhíssimos.

Duas das minhas músicas preferidas dos Talking Heads, ganharam no álbum suas melhores versões: Life During Wartime e Girlfriend Is Better. Da letra desta última foi tirado o nome do filme e do disco.

FAIXAS

Todas as músicas compostas por David Byrne, Chris Frantz, Jerry Harrison e Tina Weymouth.

Lado A

1) Psycho Killer (Byrne, Frantz, Weymouth)
2) Swamp
3) Slippery People
4) Burning Down the House
5) Girlfriend Is Better
(Byrne)

Lado B

1) Once in a Lifetime (Byrne, Eno, Frantz, Harrison, Weymouth)
2) What a Day that Was
(Byrne)
3) Life During Wartime
4) Take me to the River
(Al Green, Teenie Hodges)

MÚSICAS











Um comentário sobre “Disco Nota 11: “Stop Making Sense” – Talking Heads

  1. Adoro essa versão de Psycho Killer,em priscas eras a 97FM,de Santo André,costumava tocar.
    Depois da mudança de orientação da rádio nunca mais ouvi em lugar nenhum.

    Curtido por 1 pessoa

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